quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Chega.

Soa muito, muito adolescente.
Mas, com o passar dos anos, descobri que tem pessoas que realmente são incompreendidas pelos outros. Quando sua mãe te chama de grossa, preguiçosa. Suas amigas te chamam de lerda, desinteressada, até mesmo boba. Quando seu namorado/amor diz que você só faz drama, é muito chorona e infantil. Quando ninguém em volta sabe o que você sente e simplesmente te rotula como rebelde, complicada ou estranha. 


Lembro até hoje, quando eu realmente descobri que o problema estava comigo. Que a culpada não é minha mãe, meu namorado ou amigos, que a culpada sou eu. Abri um blog pra desabafar, era meu alento. E vejo que toda vez que o negócio aperta, que me sinto pequenininha, que não tenho com quem falar, corro pra cá. Antes eu comia de menos, agora como demais. Os sentimentos não mudaram desde lá, no começo.

Quero muito mudar a forma como me vejo e como eu me trato. Não posso esperar que os outros me amem, que os outros me achem bonita, que me elogiem e tenham orgulho de mim. Eu tenho que ter tudo isso por mim, em primeiro lugar. Eu tenho que ser incrível pra mim. E vou ser. Chega.

Estou cansada. Cansada de implorar amor e não receber, cansada de me anular pelas pessoas e só receber críticas, cansada. Parece muito, muito adolescente isso tudo que eu disse, mas talvez seja porque na época da adolescência é que começamos a nos dar conta de como a vida realmente é. 




Quero agradecer em especial a Anita, obrigada pelo vídeo. Realmente, me ajudou muito.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Sem Querer

Esses dias parece que um furacão passou na minha vida.

Minha mãe está extremamente doente, tive que passar dias correndo atrás do Prouni, estudando e prestando concursos, eu também acabei doente, com tanta pressão. O engraçado é que estou fazendo isso sem querer, estou indo atrás de concursos, de faculdades, de uma nova vida querendo ficar na vida antiga. Não quero ter que ser obrigada a ter contato com o mundo, quero ficar quieta, em casa. Eu sei que soa ingrato da minha parte, sei que várias pessoas queriam ter a oportunidade de fazer o Prouni, prestar concursos... Mas eu não quero. Odeio ter que conviver, odeio ter que fazer "social", a voz das pessoas desconhecidas me irrita, e gosto de ficar em casa, com meu amor, mesmo com o relacionamento não estando 100%, ele ainda é a melhor companhia que tenho. O tempo que passo com ele é descompromissado e alegre, e rimos muito juntos. Isso era tudo o que eu precisava no momento, mas meus pais insistem em me querer trabalhando, estudando. "Vivendo", segundo eles.

Esses dias só foram bons pra uma alimentação mais saudável, já que nem tive tempo pra pensar em bobagens, apenas na sexta feira que exagerei um pouco, mas mesmo assim venci minha timidez e pedi uma salada no shopping. Ela vinha com frango e molho a base de mostarda e iogurte, e confesso que me  senti satisfeita, o problema foi que exagerei na sobremesa, mas no fim das contas acabou compensando. Nos outros dias tenho feito algo inédito: como arroz, feijão e uma proteína magra quase todos os dias e frutas também, aqui na minha cidade tem feito muito calor, então água e líquidos são uma necessidade. No dia da prova do concurso comi chocolate, pra ativar o cérebro pela manhã (acreditem, cientificamente comprovado). Vou me pesar na quarta, e quarta também é o dia da feira. Decidi que já que sou obrigada a "viver uma vida normal", que eu viva mais magra e mais saudável.

Sobre o meu coração... Tenho visto alguns vídeos de auto ajuda, de como se livrar da tristeza, de dores, de vícios emocionais. E isso tem me ajudado horrores, tenho aprendido, aos poucos, que quem tem que me fazer feliz sou eu, e que se eu não fico feliz, se estou descontente, insatisfeita, quem tem que mudar isso sou eu, não o meu amor, não meus pais. Se quiserem, passo os links. Tem sido libertador.

E agora, vou passar nos vossos blogs. <3
Tenham uma ótima semana.




"E mesmo que o vento lhe cortasse o rosto, mesmo que os pés estivem com bolhas e doloridos, mesmo com os olhos embaçados pelas lágrimas e o corpo em brasa pela febre, a única coisa em que a mente dela conseguia se concentrar era nele. No sorriso dele, no corpo, na voz, nos cabelos. Mas principalmente, na voz. A voz dele era um bálsamo para sua alma, e todas as dores lhe pareciam menores, e qualquer barreira transponível. Ela só precisava aguentar mais um pouco. Só mais um pouco."